“Se o inimigo foge, não o persiga. Não detenha um exército de volta para casa. Deixe sempre uma saída de fuga. Não acosse um inimigo desesperado.”
A lição que podemos apreender das frases acima é simples: se você quer que alguém desista de uma batalha, não o deixe sem saída. Uma pessoa acuada tem seu instinto de sobrevivência despertado e passa a tomar riscos que antes não estava disposta. Esse e outros ensinamentos são passados e estudados há mais de dois milênios em um dos livros sobre estratégia mais antigos e lidos no mundo: “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu.
Para mim, a história de Hernán Cortés, conquistador espanhol responsável por liderar a expedição que levou à queda do Império Asteca, é uma das que melhor retrata a ideia acima.
Segundo a lenda, Cortés comandava cerca de 600 homens e teria que enfrentar uma civilização que possuía milhares de guerreiros. Sem muita saída e com seus homens desmoralizados e querendo embarcar de volta para casa, Cortés decidiu tirar essa opção da mesa ao destruir todas as suas embarcações. Pelo menos é assim que a história é contada — infelizmente, desconheço uma versão mais aceita pelos historiadores.
A decisão de Cortés encurralou seus homens e os deixou sem opção de fuga, pelo menos no curto prazo. O resultado foi interessante. Seu instinto de sobrevivência foi despertado e os levou a superar um desafio aparentemente intransponível.
E qual a relação disso com os nossos Condomínios?
Já imaginou o efeito psicológico e até eleitoral que um desgaste na imagem pode causar? Já pensou em como ter uma saída melhor do que esbravejar e atritar com os condôminos?
Durante uma crise, seja ela financeira, de relacionamento ou de gestão, a primeira reação instintiva de um líder é tomar a frente. Querer resolver por si só, tomando os louros da vitória em caso de acerto, ou o peso da derrota em caso de pesar a mão.
Comparo muito a função de Síndico com a de um técnico de um time de futebol. Ele não tem que resolver tudo, mas precisa ter à sua mão uma equipe qualificada para todo tipo de situação.
Existia um tempo nos condomínios em que Síndico bom era o faz tudo. Ele mesmo limpava piscina, trocava a lâmpada, cobria folgas na portaria, varria o chão.
Atualmente Síndicos são gestores, cada vez mais cobrados por resultados e valorização.
Já se perguntou como as grandes estrelas da Sindicatura conseguem seus mandatos com honorários cada vez mais altos? Justamente porque perceberam que precisam gerir seus condomínios como grandes empresas.
Isso significa delegar, orientar, fiscalizar e cobrar seus comandados.
Dia desses me apareceu um Síndico com o perfil “faz tudo”. Mal visto no prédio, tinha histórico de atritos com muitos condôminos, estava perdendo a mão do “vestiário” a olhos vistos mas contava com orgulho imenso seus afazeres no prédio.
Frases como “eles não vivem sem mim”, “eu faço tudo por lá”, “quero ver eles arrumarem alguém como eu” são típicas desse tipo. Nem preciso dizer que estávamos sendo contratados para a defesa em um processo de destituição do cargo. Bingo!
O ego que está por trás de querer ser o salvador da pátria é inerente ao brasileiro. O que não se enxerga nesse perfil é justamente o desgaste que existe em querer resolver todos os pontos em uma só pessoa.
Grandes profissionais, ao contrário, não querem resolver tudo. Mas possuem na sua equipe quem os represente e apresente soluções pensadas, estudadas, embasadas.
A tentação de querer ser o centro das atenções no condomínio e toma-lo como seu só desgasta a imagem e provoca atitudes antiprofissionais. Por isso dizemos por aqui que não basta receber uma remuneração para o exercício da sindicatura de forma profissional.
É necessário que suas atitudes sejam profissionais. Tanto o “faz tudo” e o que “precisa do referendo do conselho” são vistos como profissionais inseguros pelo mercado, os quais precisam validar suas posições sejam pelo referendo, seja pela auto-realização.
Os Síndicos com esses perfis, assumem que será melhor, mais ágil, mais preciso, mais técnico, e mais capaz do que um profissional com décadas de experiência naquele tema.
Quando nos colocamos como Advogados daquele Condomínio, existe um papel a cumprir. Um posicionamento estratégico de preservação e aconselhador da equipe diretiva. Existe a modalidade consultiva para Síndicos e Condomínios entre nossos serviços justamente para esses casos.
Cada passo é estudado para a preservação dos interesses do condomínio por aqui. O ambiente conflituoso de muitos condomínios requer muita estratégia para que se mantenha no comando da gestão.
Muitos condomínios começam a passar por problemas de relacionamento e falta de caixa. Tudo isso com assembleias presenciais sendo novamente marcadas e contas a serem expostas.
Alguns Síndicos podem ser até gênios em suas gestões, mas nenhum deles é super-herói.
Por isso que aqui na ZDL ADVOGADOS ( link do site) temos o plano consultivo para Condomínios. Sem sombra de dúvidas é o melhor custo benefício que existe uma advocacia empresarial. Por um valor inferior a 2 cafés por unidade, encampamos o Condomínio em todas as suas nuances para o oferecimento de decisões acertadas e estratégicas, com fluxo de caixa permanente e porque não maior índice de reeleição.
Acreditamos que o Assessoramento Jurídico Permanente oferece SEGURANÇA para todo o corpo diretivo e melhores RESULTADOS do que a média do mercado.
Conte comigo nessa.
Clodoaldo de Lima é Coordenador do Núcleo de Inadimplência Condominial e Sócio da ZDL ADVOGADOS.